Gary Hamel é o guru da vez. A diferença (ou semelhança, já que os verdadeiros gurus vão antes e mostram depois como chegar lá) é que ele usa o que vende.
A idéia dele é simples: mais que inovar em produtos, marketing ou estratégia, a inovação última, que conquista vantagem competitiva real, sólida e duradoura é a inovação em gestão. O que isso quer dizer realmente é estudo para mais de mês e pano para mais de metro de manga. (E há quem ache o português uma língua mais pobre que o inglês...)
De qualquer forma, o livro dele O Futuro da Administração é muito interessante, muito fácil de ler (e muito difícil de entender bem) e mostra como tornar a inovação parte da gestão das empresas. Vi nesse livro muitas idéias para trazer para o Serpro.
Se você gosta do assunto, e está procurando algo para ler, pode comprar esse livro de olhos fechados (não esqueça de abri-los para lê-lo, hehe) - no mínimo você vai se divertir com a maneira que ele coloca as coisas e a linguagem que ele usa - que outro autor você conheçe que define como "penca" a quantidade de problemas enfrentados pela teoria administrativa clássica nos dias atuais?
Bonita Open Solution é o BPMS da BonitaSoft. É uma peça de software tão poderoso e fascinamente que me motivou a criar um blog sobre ela e suas possibilidades.
1.20.2011
FreeMind liberta o apresentador
Uma das definições de criatividade é usar coisas novas para executar tarefas antigas. Durante a Campus Party eu testemunhei esse paradigma, vendo a idéia criativa de Frederico Guimarães, da sleducacional.org, sobre apresentações.
Ele não usou Impress, PowerPoint ou Keynote para fazer sua apresentação. Ele usou o FreeMind.
O FreeMind é um SL Java para criar mapas mentais, que por sua vez são estruturas de tópicos inter-relacionados, úteis para (hehe) mapear idéias e processos mentais. Mapas mentais são excelentes ferramentas para criar, entender e manter idéias complexas. Uso-o frequentemente, quase sempre para iniciar um projeto ou entender melhor um problema.
Ao abrir mão de um software de apresentação e usar o FreeMind, Aracnus queria resolver sua dificuldade com slides, mas acabou criando uma nova forma de apresentar idéias complexas, que simplesmente não cabem em slides. GENIAL!
Agora eu posso mostrar idéias complexas de forma simples e elegante, ao mesmo tempo em que ressalto as relações entre eles!
Só isso já teria valido a visita à Campus Party.
Ele não usou Impress, PowerPoint ou Keynote para fazer sua apresentação. Ele usou o FreeMind.
O FreeMind é um SL Java para criar mapas mentais, que por sua vez são estruturas de tópicos inter-relacionados, úteis para (hehe) mapear idéias e processos mentais. Mapas mentais são excelentes ferramentas para criar, entender e manter idéias complexas. Uso-o frequentemente, quase sempre para iniciar um projeto ou entender melhor um problema.
Ao abrir mão de um software de apresentação e usar o FreeMind, Aracnus queria resolver sua dificuldade com slides, mas acabou criando uma nova forma de apresentar idéias complexas, que simplesmente não cabem em slides. GENIAL!
Agora eu posso mostrar idéias complexas de forma simples e elegante, ao mesmo tempo em que ressalto as relações entre eles!
Só isso já teria valido a visita à Campus Party.
A Morte não é para sempre
Na verdade, pode até não ser morte, se o morto for um Software Livre.
Entre as várias preocupações infundadas acerca de SL, uma que ouvi várias vezes é sobre o (incerto) futuro de um SL se o principal mantenedor desistir do projeto. Ora, a resposta é simples: nada muda. Quem está acostumado com software proprietário leva algum até entender o que se passaria no caso de uma empresa cancelar seu projeto de SL.
Eu achei dois casos interessantes para comentar e exemplificar. Vejam só:
Sygate Firewall
Como eu uso WindowsXP no meu lap doméstico, eu preciso de um bom software para firewall. Claro que o embutido não serve - é roubada confiar na coisa mais visada como a mais segura. Nos idos de 2003 eu conheci e passei a usar o Sygate Personal Firewall, um software perfeito - pequeno, leve, bem feito, completo, finalizado. Era gratuito para uso pessoal, o que tornava-o realmente perfeito! Mas, claro, era proprietário.
Avanço rápido até 2005: a Symantec compra a Sygate (o nome já era parecido mesmo, hehe) e encerra o SPF. Isso mesmo: encerrou. Mudou o nome, depois descontinuou. Como a Symantec virou a dona do SPF, ela podia fazer o que bem entender, e fez!
OpenSolaris
Mais um avanço rápido e chegamos a 2009. A Oracle compra a Sun e lança dúvidas sobre todos os produtos da Sun, incluindo o Java. A coisa não ficou tão feia de uma hora para outra, mas aos poucos a casa foi (e ainda está) caindo para os projetos Open Source da Sun. Um desses a cair foi o OpenSolaris, uma versão SL de seu bem-sucedido SO Solaris. A Oracle/Sun decidiu cancelar o investimento no OpenSolaris e deixar tudo por isso mesmo.
Mas o que é a morte para um Software Livre? "Não vou mais mexer nesse código!" E daí? Ele está lá para quem quiser fuçar!
Em outubro de 2010 a Linux Magazine, na página 18 da edição 72, a Coluna do Alexandre reportou o surgimento do OpenIndiana, que nada mais é que a sequência do OpenSolaris, com as mesmas pessoas que o desenvolviam antes. E o que é melhor: sem a dependência de uma empresa privada, com opiniões próprias sobre SL.
Conclusão
Não existe fim para um SL, como existe para um software proprietário. Na pior das hipóteses significa o congelamento de um software em sua última versão. Na maioria das vezes, é um hiato entre um grupo de desenvolvedores e o seguinte.
Para encerrar minha história com o SPF: quando eu mudei do meu desktop para um notebook (ambos com WindowsXP), eu baixei a última versão do SPF de um site de abandonwares, instalei e estava tudo como dantes no quartel de abrantes (ele era perfeito antes e será enquanto TCP/IP for a mesma coisa - o que está para deixar de ser com o advento do IPv6).
Hoje eu estou prestes a me livrar do último software proprietário que resta no meu notebook, o WindowsXP, e migrar para um Ubuntu 10.10.
E se um dia a Canonical falir? Nada. Tudo continuará como dantes...
P.S.: leia meu perfil antes de me atacar como ante-empresa, contra-proprietário etc.
Entre as várias preocupações infundadas acerca de SL, uma que ouvi várias vezes é sobre o (incerto) futuro de um SL se o principal mantenedor desistir do projeto. Ora, a resposta é simples: nada muda. Quem está acostumado com software proprietário leva algum até entender o que se passaria no caso de uma empresa cancelar seu projeto de SL.
Eu achei dois casos interessantes para comentar e exemplificar. Vejam só:
Sygate Firewall
Como eu uso WindowsXP no meu lap doméstico, eu preciso de um bom software para firewall. Claro que o embutido não serve - é roubada confiar na coisa mais visada como a mais segura. Nos idos de 2003 eu conheci e passei a usar o Sygate Personal Firewall, um software perfeito - pequeno, leve, bem feito, completo, finalizado. Era gratuito para uso pessoal, o que tornava-o realmente perfeito! Mas, claro, era proprietário.
Avanço rápido até 2005: a Symantec compra a Sygate (o nome já era parecido mesmo, hehe) e encerra o SPF. Isso mesmo: encerrou. Mudou o nome, depois descontinuou. Como a Symantec virou a dona do SPF, ela podia fazer o que bem entender, e fez!
OpenSolaris
Mais um avanço rápido e chegamos a 2009. A Oracle compra a Sun e lança dúvidas sobre todos os produtos da Sun, incluindo o Java. A coisa não ficou tão feia de uma hora para outra, mas aos poucos a casa foi (e ainda está) caindo para os projetos Open Source da Sun. Um desses a cair foi o OpenSolaris, uma versão SL de seu bem-sucedido SO Solaris. A Oracle/Sun decidiu cancelar o investimento no OpenSolaris e deixar tudo por isso mesmo.
Mas o que é a morte para um Software Livre? "Não vou mais mexer nesse código!" E daí? Ele está lá para quem quiser fuçar!
Em outubro de 2010 a Linux Magazine, na página 18 da edição 72, a Coluna do Alexandre reportou o surgimento do OpenIndiana, que nada mais é que a sequência do OpenSolaris, com as mesmas pessoas que o desenvolviam antes. E o que é melhor: sem a dependência de uma empresa privada, com opiniões próprias sobre SL.
Conclusão
Não existe fim para um SL, como existe para um software proprietário. Na pior das hipóteses significa o congelamento de um software em sua última versão. Na maioria das vezes, é um hiato entre um grupo de desenvolvedores e o seguinte.
Para encerrar minha história com o SPF: quando eu mudei do meu desktop para um notebook (ambos com WindowsXP), eu baixei a última versão do SPF de um site de abandonwares, instalei e estava tudo como dantes no quartel de abrantes (ele era perfeito antes e será enquanto TCP/IP for a mesma coisa - o que está para deixar de ser com o advento do IPv6).
Hoje eu estou prestes a me livrar do último software proprietário que resta no meu notebook, o WindowsXP, e migrar para um Ubuntu 10.10.
E se um dia a Canonical falir? Nada. Tudo continuará como dantes...
P.S.: leia meu perfil antes de me atacar como ante-empresa, contra-proprietário etc.
1.18.2011
Liberado para postar!
Eu comecei esse blog sem muitas aspirações - apenas me exercitar em blogging. Eu queria um tema diário e próximo e por isso adotei o Bonita, que é meu assunto de trabalho. Mas eu fiquei ambicioso, com o sucesso inicial do projeto e pedi permissão à meu empregador para torná-lo um blog público sobre o meu próprio trabalho. Bom, autorizaram!
A partir de agora eu vou compartilhar mais sobre meu trabalho no Serpro. Estou ansioso - acho que vai ser uma oportunidade de impulsionar o uso de Bonita no Brasil, e de quebra suportar a adoção de Software Livre.
A partir de agora eu vou compartilhar mais sobre meu trabalho no Serpro. Estou ansioso - acho que vai ser uma oportunidade de impulsionar o uso de Bonita no Brasil, e de quebra suportar a adoção de Software Livre.
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